segunda-feira, 30 de junho de 2008

A diferença entre Sexo e Sexualidade?!!

SEXO estrutura básica que diferencia o macho da fêmea.
Sexo feminino: presença de gônada feminina = ovário. (fig. 1)
Sexo masculino
: presença de gônada masculina = testículo (fig. 2)
Fig.1http://www.gineco.com.br/images/amv2.jpg Fig. 2 http://www.dombosco.com.br/curso/estudemais/biologia/imagens/










De acordo a Organização Mundial de Saúde, “A SEXUALIDADE forma a parte integral da personalidade de cada um . É uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida.
SEXUALIDADE é a energia que motiva a encontrar o amor, o contato e a intimidade e se expressa na forma de sentir, na forma de as pessoas se tocarem e serem tocadas, na busca constante de prazer...”
Segundo Guimarães (1995) :
Sexo é relativo ao fato natural, hereditário, biológico, da diferença física entre o homem e a mulher e da atração de um pelo outro para a reprodução [...] No senso comum sexo é “relação sexual”, “orgasmo”, “órgãos genitais”, “pênis”.
Sexualidade é um termo também do século XIX, que surgiu alargando o conceito de sexo, pois incorpora a reflexão e o discurso sobre o sentido e a intencionalidade do sexo.[...] Comumente é entendido como “vida”, “amor”, “relacionamento”, “sensualidade”, “erotismo”, “prazer” (p. 23-24).

A primeira relação sexual...

A primeira experiência de relação sexual é um evento importante na vida dos adolescentes e que marca a vida dos mesmos, não sendo, portanto, uma regra geral. Pois, a partir daí os adolescentes se configuram no cenário dos adultos, deixando de ser crianças, tornando-se homens ou fazendo-se mulher, afirmando assim suas identidades.
As pesquisas apontam que a primeira experiência sexual, na adolescência, vem acontecendo cada vez mais cedo. A Pesquisa Nacional sobre Saúde Materno-Infantil e Planejamento Familiar (PNSMIPF) de 1986 e a Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS) de 1996 demonstram um pequeno declínio no período de 10 anos, quanto à idade mediana da relação sexual que era de 16,7 anos e passou para 16,4, isto entre as mulheres na faixa etária de 15 a 24 anos. Enquanto que os jovens do sexo masculino a idade mediana da primeira relação em 1996 era de 15,3 anos (FERRAZ et al., 2006).
A Pesquisa sobre Comportamento Sexual e Percepções da População Brasileira sobre HIV e Aids (1998-2005) revela que na população jovem, entre 16 e 24 anos, a idade média na primeira relação sexual, entre 1998 e 2005, teve uma pequena redução de 15,2 para 15,0 anos entre homens e de 16,0 para 15,9 anos entre mulheres. [1]
Rua e Abramovay (2001, p. 43) citados por Castro e colaboradores (2004, p. 69) em pesquisa realizada com estudantes de diferentes estados brasileiros indicaram que:
A idade média da primeira relação sexual é significativamente mais baixa entre os alunos do sexo masculino do que entre as estudantes do sexo feminino. No caso das meninas em Porto Alegre, Manaus e São Paulo encontram-se as mais baixas idades médias da primeira relação sexual (15, 15,1 e 15,2 anos), ficando as mais elevadas em Belém e Fortaleza (16 e 15,8 anos). Quanto aos rapazes, registram-se em Cuiabá, Manaus e Salvador a mais baixa idade média da primeira relação sexual (13,9 anos), ocorrendo em Florianópolis a mais alta (14,5 anos).
Com a prática do sexo sem proteção, aumentam o número de adolescentes grávidas e o risco de contaminação com as IST/HIV e Aids. Dessa maneira, cada vez menos os adolescentes vivem sua sexualidade de maneira plena e sadia.
[1] Disponível em: http://www.aids.gov.br/avalia4/resultados/ primeira_rel.htm. Acesso em 10 ago. 2006.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Dinâmica da batata-quente

Para que haja uma aprendizagem significativa deve-se levar em conta o conhecimento prévio dos alunos, ou seja, suas vivências e experiências e não apenas acúmulo de conhecimentos. Para Ausubel (apud MOREIRA & MANSINI, 1982), a aprendizagem significativa é um processo pelo qual uma nova informação se relaciona com um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo. Por isso, o fator isolado mais importante a influenciar a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já conhece. “Verifique-se o que ele já sabe e ensine-o a partir daí”.
Daí a importância do diálogo, das aulas participativas, pois é por intermédio dessas metodologias que o educador obterá informações dos conhecimentos prévios dos educandos.
E através da dinâmica batata-quente podemos explorar melhor o universo desses adolescentes. Em um diálogo franco e aberto eles respondem as questões relacionadas a sexualidade na adolescência, expondo seus conhecimentos e ao mesmo tempo tirando suas dúvidas.

Adolescência

A adolescência, segundo a Organização Mundial de Saúde, inicia-se por volta dos 10 anos e finaliza-se por volta dos 19. Tal definição contempla apenas as transformações biológicas, psicológicas e econômicas que ocorrem nessa fase do ciclo vital. Porém, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990, no art. 2º “Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompleto, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade” (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, 1990, p. 01).
A adolescência é uma fase da vida humana compreendida entre a infância e a idade adulta, marcada pelas mudanças biológicas, que nem sempre são determinantes, sendo os elementos sociais decisivos para declarar uma criança como adolescente. Não há uma idade cronológica definida para o começo da adolescência, visto que há divergências entre diversos autores (GOODSON; DÍAZ, 1990).
O começo da adolescência é marcado pela puberdade, ou seja, as mudanças físicas que são estimuladas pela produção de hormônios sexuais: testosterona (nos rapazes) e estrogênio e progesterona (nas moças), os quais são responsáveis, nos meninos, pelo surgimento das características sexuais secundárias, entre elas crescimento dos testículos, aparecimento dos pêlos pubianos, aumento no pênis, mudança da voz, ejaculações, produção de espermatozóides e, nas meninas pelo aumento dos seios, aparecimento dos pêlos pubianos, menstruação etc.
Do mesmo jeito, o término da adolescência não tem uma idade cronológica consensual, sendo esta apenas um valor referencial. Em linhas gerais, o final dessa fase é determinado mais por intermédio de elementos psicológicos e sociológicos do que por elementos biológicos. Alguns autores apontam determinadas características que denotam o término da adolescência: estabelecimento da identidade sexual, saber estabelecer relações afetivas estáveis, ter capacidade de assumir compromissos profissionais; manter-se economicamente, adquirir os sistemas de valores morais pessoais e saber manter uma relação de reciprocidade com a geração precedente (OSÓRIO, 1989 apud KROTH, 2005).
Além das mudanças no corpo durante a adolescência, vão surgindo dúvidas, vontades, curiosidades, ansiedades, desejos e a busca do prazer, expressando assim a sua sexualidade. Nesta fase se dá o despertar para “o sexo”, pois, a partir do momento que o adolescente sofre as transformações do corpo, chamando a sua atenção para as funções sexuais adquire, então, a capacidade reprodutora bem como para tudo que diz respeito à sexualidade (LEVISKY, 1997 apud Kroth, 2005).

Adolescente

Adolescente é adrenalina que agita a juventude,
tumultua os pais e
os que lida com ele.
Adrenalina que dá taquicardia nos pais,
depressão nas mães,
raiva nos irmãos,
que provoca fidelidade nos amigos,
desperta paixão no sexo oposto,
cansa os professores,
experimenta novidades,
desafia os perigos,
revolta os vizinhos...
O adolescente é
pequeno demais para as grandes coisas,
grande demais para pequenas coisas.

Içami Tiba

Estudo avaliativo da disciplina Educação para Sexualidade em escolas municipais de Jequié-BA

Este trabalho constituiu-se em uma pesquisa qualitativa que teve como objetivo analisar a abordagem (visão de sexualidade, seleção de conteúdos, estratégias metodológicas e facilidades/dificuldades em ministrar a disciplina) dada ao tema “Sexualidade” pelos educadores e a contribuição da disciplina Educação para a Sexualidade para a vida dos educandos das escolas públicas municipais da cidade de Jequié – BA. Foram utilizados dois instrumentos de coletas de dados: o questionário com questões fechadas e abertas que foi aplicado aos educandos e a entrevista semi-estruturada aplicada às educadoras. A seleção das escolas se deu pela localização geográfica, ser de grande porte e oferecer a disciplina Educação para a Sexualidade na 8ª série do Ensino Fundamental II. Foram selecionadas quatro escolas e, no total, participaram da pesquisa cento e cinqüenta educandos e oito educadoras. Os resultados demonstraram q
ue 98% dos educandos participantes aprovaram a disciplina “Educação para a Sexualidade” e, ao mesmo tempo, cerca de 82% a avaliaram como muito boa ou boa, já que, dentre outras coisas, possibilitou aprender sobre prevenção às IST/Aids e a gravidez precoce e como viver sua sexualidade de maneira mais saudável e plena. A escolha dos conteúdos trabalhados na disciplina, em alguns casos, ocorre com a participação dos alunos (38,7%), em outros, apenas os professores decidem os temas a serem trabalhados (32%). Quanto à participação dos educandos nas aulas, 61,3% responderam que participam ativamente, já 30,7% participam pouco. As estratégias metodológicas que os professores utilizam para abordar temas ligados à sexualidade são, predominantemente, dinâmicas de grupo, estudos dirigidos, exposição participada, seminários e as aulas expositivas, evidenciando que os professores priorizam modalidades didáticas que visam ampliar a participação dos alunos. Entre os temas que os discentes mais gostaram de estudar, destacaram-se IST/Aids (38%); gravidez na adolescência (14,7%) e drogas (7,3%), por outro lado, sobre os temas que menos gostaram, 62,7% declararam que não houve nenhum tema que não gostaram, 12% mencionaram o tema Doenças Sexualmente Transmissíveis e 7,3% citaram drogas, demonstrando que alguns dos temas mais interessantes também foram os menos prazerosos. Quanto às professoras que trabalham a disciplina “Educação para a Sexualidade”, elas apresentam formação superior em cursos diferentes, dentre os quais, Ciências Biológicas, Letras, Ciências Sociais, Ciências Contábeis e Química. Das 8 professoras entrevistadas, apenas uma afirmou categoricamente não gostar de ministrar a disciplina por apresentar vários tabus em relação à sua própria sexualidade. Algumas professoras afirmaram já ter feito cursos nessa área, oferecidos por diferentes instituições, como universidade, ONG e a Secretaria Municipal da Educação, porém, algumas disseram que os cursos ainda contribuem pouco para a sua prática nessa temática. Questionadas as professoras sobre as intenções da disciplina “Educação para a Sexualidade”, percebeu-se que algumas ainda entendem a sexualidade de maneira muito vaga ou a restringem, exclusivamente à prevenção à gravidez, sendo poucas aquelas que compreendem a sexualidade de maneira mais global. Isso acaba influenciando na escolha dos conteúdos trabalhados, já que muitas priorizam temas ligados às IST/Aids ou a gravidez na adolescência, dando menos importância aos temas ligados à questão de gênero, orientação sexual e afetividade. Em suma, apesar de os alunos demonstrarem a relevância dessa disciplina para sua formação, ainda se faz necessária um maior apoio da família, da escola e da própria Secretaria da Educação para que as docentes possam construir uma prática educativa que permita aos adolescentes viverem sua sexualidade de forma prazerosa e com saúde.


http://www.4shared.com/file/127463622/9acdeae4/Educacao_Sexualidade.html

quarta-feira, 25 de junho de 2008

É errado se masturbar?

Masturbação significa mexer nos órgãos sexuais ou acariciá-los para sentir prazer. Portanto, é um ato que exige privacidade, masturbar-se diante de outras pessoas é exibicionismo e grosseria.
Essa manipulação dos órgãos sexuais começa na infância - quando a criança está descobrindo seu próprio corpo - e pode acontecer durante toda a vida. Na adolescência ela é comum.
Antigamente, dizia-se que a masturbação fazia mal, deixava a pessoa fraca, com dor de cabeça, fazia crescer pêlos nas mãos, viciava. Dizia-se também que quem se masturbava ficava incapaz de ter relações sexuais.
A masturbação não faz mal, não é doença nem vício.
É um momento de satisfazer a vontade sexual, conhecer o corpo, experimentar suas sensações.
É bom lembrar que tudo em excesso prejudica, portanto tenha limites.

Corpo nosso de cada dia

O corpo me dá medo por causa do desejo. É o corpo estético que me faz sentir bonita ou feia. É o corpo desconhecido que me angustia. È o corpo repleto de prazer, de tesão difícil de controlar.
Não sei como ele é nem como funciona.
É o corpo duro, frio, amarrado pela ausência de toque, de carinho. É o corpo em pedaços (“vamos conhecer a trompa esquerda, depois o útero, ovários, testículos”) é o corpo que perdeu o riso, a brincadeira, o jogo da vida. Enfim, são tantos... E é único.
Muitas vezes desconhecido, desligado, recortado em vários pedaços.
Como falar dele? Do meu, do nosso, do corpo do outro. Das diferenças e semelhanças. Aprender a gostar, tratar e cuidar desse corpo. Através dessa fala tornar-se responsável por ele.
Mas como fazer tudo isto?
E a nossa vergonha?
Por onde começar?

Às vezes parece um novelo embaraçado sem ponta para puxar. Quem vai falar? O que dizer? O que perguntar? Tantas dúvidas chegam a provocar cansaço. Muitas vezes nos relacionamos com o nosso corpo como se fosse um estranho. Ele pertence ao trabalho, ao lazer, ao corre-corre, às doenças, às dores, às alegrias, a tristeza, a “moleza”. E não a nós.
Fonte: GTPOS – Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual. Sexo se aprende na escola.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Nossos objetivos

O Projeto de Sexualidade - Renas-ser - (Responsabilidade e Naturalidade na Sexualidade do Ser), tem como proposta o fornecimento de informações sobre sexualidade, com um espaço de reflexões e questionamentos sobre postura, tabus, crenças e valores a respeito de relacionamentos e comportamentos sexuais. Visto que nossos adolescentes e jovens apresentam mudanças comportamentais no contexto social atual e o desconhecimento de assuntos relacionados a sexualidade.
Entendemos que o trabalho de Educação para sexualidade “é um processo de intervenção sistemática na área de sexualidade” que envolve o desenvolvimento sexual compreendido como: saúde reprodutiva, relações interpessoais, afetividade, imagem corporal, auto-estima e relações de gênero. Enfoca as dimensões fisiológicas, sociais, psicológicas, éticas e culturais da sexualidade através do desenvolvimento das áreas cognitivas, afetiva e comportamental, incluindo as habilidades para a comunicação eficaz e a tomada responsável de decisões.
O trabalho com as oficinas temáticas sobre Sexualidade que almejamos tem como objetivo ajudar adolescentes e jovens a terem uma visão positiva da sexualidade, a desenvolverem uma comunicação clara nas relações interpessoais, a elaborarem seus próprios valores a partir de um pensamento crítico, a compreenderem o seu comportamento e o do outro e a tomarem decisões responsáveis a respeito da vida sexual, agora e no futuro.

domingo, 22 de junho de 2008

Nossa história

Em 2001 o GAPA/BA firmou parceria com a Sec. M. de Educação do município de Jequié-BA;
Em 2005 o IERP recebeu o GAPA fazendo o treinamento de 80 alunos e 6 professores, a apartir daí, os professores capacitados se reuniram para montar o Projeto de Sexualidade do IERP.
O Renas-Ser teve seu lançamento oficial no dia 05 de outubro de 2005, com a participação do gestor em exercício Prof. Nerivan Novaes, as Cordenadoras Valéria Cosme e Cynara Cabral, as professoras Aldacy Melo, Maria José Sá Barreto, Nilza Gomes e Saionara Santana, os multiplicadores Flávia, Leandro Santos, Lourival, Natiele e Suzana.
Hoje o Projeto continua sendo desenvolvido, porém com uma nova equipe de trabalho.
Coordenação: Profª Esp. Maria José S.B.Queiroz
Professores atuantes: Betânia Espírito Santo, Cláudia Sales.
Colaboradores: Nilza Gomes e Saionara Santana.
Coordenação Pedagógica: Valéria Cosme e Cynara Cabral
Direção: Adriana Chaves
Multiplicadores: Luane Alves, Tátila Argolo, Laíse, Mª Elisa Galrão, Adriele, Jaline, Taline.