segunda-feira, 30 de junho de 2008

A primeira relação sexual...

A primeira experiência de relação sexual é um evento importante na vida dos adolescentes e que marca a vida dos mesmos, não sendo, portanto, uma regra geral. Pois, a partir daí os adolescentes se configuram no cenário dos adultos, deixando de ser crianças, tornando-se homens ou fazendo-se mulher, afirmando assim suas identidades.
As pesquisas apontam que a primeira experiência sexual, na adolescência, vem acontecendo cada vez mais cedo. A Pesquisa Nacional sobre Saúde Materno-Infantil e Planejamento Familiar (PNSMIPF) de 1986 e a Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS) de 1996 demonstram um pequeno declínio no período de 10 anos, quanto à idade mediana da relação sexual que era de 16,7 anos e passou para 16,4, isto entre as mulheres na faixa etária de 15 a 24 anos. Enquanto que os jovens do sexo masculino a idade mediana da primeira relação em 1996 era de 15,3 anos (FERRAZ et al., 2006).
A Pesquisa sobre Comportamento Sexual e Percepções da População Brasileira sobre HIV e Aids (1998-2005) revela que na população jovem, entre 16 e 24 anos, a idade média na primeira relação sexual, entre 1998 e 2005, teve uma pequena redução de 15,2 para 15,0 anos entre homens e de 16,0 para 15,9 anos entre mulheres. [1]
Rua e Abramovay (2001, p. 43) citados por Castro e colaboradores (2004, p. 69) em pesquisa realizada com estudantes de diferentes estados brasileiros indicaram que:
A idade média da primeira relação sexual é significativamente mais baixa entre os alunos do sexo masculino do que entre as estudantes do sexo feminino. No caso das meninas em Porto Alegre, Manaus e São Paulo encontram-se as mais baixas idades médias da primeira relação sexual (15, 15,1 e 15,2 anos), ficando as mais elevadas em Belém e Fortaleza (16 e 15,8 anos). Quanto aos rapazes, registram-se em Cuiabá, Manaus e Salvador a mais baixa idade média da primeira relação sexual (13,9 anos), ocorrendo em Florianópolis a mais alta (14,5 anos).
Com a prática do sexo sem proteção, aumentam o número de adolescentes grávidas e o risco de contaminação com as IST/HIV e Aids. Dessa maneira, cada vez menos os adolescentes vivem sua sexualidade de maneira plena e sadia.
[1] Disponível em: http://www.aids.gov.br/avalia4/resultados/ primeira_rel.htm. Acesso em 10 ago. 2006.

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